Lava Jato: Cunha nega aumento do patrimônio, critica vazamento seletivo de dados e ataca PGR
Presidente da Câmara emitiu nota oficial em que diz que jamais recebeu vantagem indevida
Do R7
Eduardo Cunha disparou contra o procurador-geral da RepúblicaFabio Pozzebom/06.01.2015/Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados,Eduardo Cunha (PMDB-RJ), lamentou nesta sexta-feira (8) o "vazamento seletivo de dados protegidos por sigilo legal e fiscal", negou avariação patrimonial de R$ 1,8 milhão dele e da sua família entre 2011 e 2014 e disparou novamente contra o PGR (Procurador-geral da República), Rodrigo Janot.
Em nota, o presidente da Câmara também criticou a postura do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, "que nunca, em nenhum dos vazamentos ocorridos contra o presidente da Câmara — e são quase que diários, solicitou qualquer inquérito para apuração".
Em seguida, reforça que "nunca recebeu qualquer vantagem indevida" e desafiou as autoridades a provarem eventual prática ilegal.
Especialmente sobre a suposta evolução de R$ 1,8 milhão do patrimônio de sua família, Cunha informou que, "ao contrário do que foi criminosamente divulgado, sua variação patrimonial entre os anos de 2011 e 2014 apresenta uma perda R$ 185 mil, devidamente registrada nas declarações de renda".
Cunha também voltou a atacar Rodrigo Janot, que, segundo o presidente da Câmara, faz "uma investigação seletiva [...] que visa única e exclusivamente a escolher seus investigados". Cunha coloca sob suspeita a escolha dos acusados da Lava Jato.
— É de se estranhar que nenhuma autoridade citada no tal relatório de ligações do sr. Leo Pinheiro tenha merecido a atenção relativa ao caso, já que tal relatório faz parte de duas ações cautelares movidas contra Eduardo Cunha — incluindo um pedido de afastamento — e contra membros do governo não existe nem pedido de abertura de inquérito, mesmo sendo sabido que o PGR recebeu esses dados de membros do governo em 19 de agosto de 2015, e não tomou qualquer atitude.
Por fim, sobre a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Cunha e da sua família, noticiado nesta sexta-feira (8), o presidente da Câmara afirma que a decisão "ocorreu há mais de 3 meses" e, "como de praxe, em parte vazados para a imprensa, não se tratando, portanto, de matéria nova que mereça resposta".
Nenhum comentário:
Postar um comentário